Por que as drogas são viciantes?

 As pessoas ficam viciadas em drogas por vários motivos, mas um dos principais fatores por trás do vício é a euforia gratificante que elas provocam. As drogas têm o potencial de impactar significativamente os sistemas cerebrais relacionados ao prazer e à motivação e dificultar a comparação com outros prazeres naturais. 1

Cada pessoa experimenta recompensas naturais em sua vida, como uma refeição deliciosa, uma música favorita, a sensação agradável após o exercício ou a felicidade após o sexo, mas as drogas oferecem algo mais. A euforia que vem do abuso de drogas é maior, mais brilhante, mais alta e mais gratificante do que qualquer recompensa natural, e pode fazer com que as recompensas naturais pareçam pequenas, obscuras e silenciosas em comparação.

Quando as drogas entram no cérebro , elas podem: 1

Imitar substâncias químicas cerebrais que ocorrem naturalmente.

Acionar a liberação de substâncias químicas cerebrais em grandes quantidades.

Impedir que os produtos químicos do cérebro sejam reciclados e reabsorvidos no cérebro.

Uma das substâncias químicas do cérebro frequentemente discutidas no poder viciante das substâncias é a dopamina. 1 Os cientistas acreditam que, quando ocorre um evento gratificante, o cérebro libera dopamina para sinalizar a experiência e estimular a repetição. 1 Em termos de recompensas naturais, isso é saudável e mantém a vida; considere o prazer derivado do sexo: ele estimula a repetição, perpetuando assim a reprodução da espécie.

A dopamina diz ao cérebro que a experiência de usar uma droga é importante e deve ser repetida. O cérebro é programado para lembrar as pessoas, lugares e coisas associadas ao uso, assim será mais fácil para a pessoa repetir a situação.

Com a repetição, essas explosões de dopamina dizem ao cérebro para valorizar mais as drogas do que as recompensas naturais, e o cérebro se ajusta para que o circuito de recompensa se torne menos sensível às recompensas naturais. Isso pode fazer com que a pessoa se sinta deprimida ou emocionalmente “apagada” quando não está usando drogas. 1 Se as recompensas naturais são um prato de brócolis, as drogas são uma enorme tigela de sorvete, e o brócolis fica ainda menos apetitoso depois do sorvete.

Drogas e o Circuito de Recompensa do Cérebro

Com o tempo, o desejo por drogas se torna um reflexo aprendido – uma pessoa pode ser induzida a usar pelas pessoas, lugares e coisas que estão ligadas ao seu uso de drogas, assim como alguém pode passar fome dirigindo em seu restaurante favorito, apenas o desejo é provável que seja muito mais esmagadora. Os desejos podem parecer incontroláveis ​​mesmo anos depois que uma pessoa fica sóbria. 1

Ao mesmo tempo em que a droga está produzindo essas alterações no cérebro que estão associadas ao desenvolvimento do vício, o indivíduo também pode passar a tolerar doses mais altas e até mesmo depender da droga para se sentir bem. 3 A tolerância e a dependência se desenvolvem devido aos ajustes que o cérebro faz para administrar as alterações decorrentes da presença repetida de uma droga. Tolerância e dependência são dois sinais de um transtorno por uso de substâncias, mas também podem se desenvolver até certo ponto na ausência de dependência. 3 Então, quais são eles?

A tolerância é um estado em que a reação do corpo à presença de uma determinada quantidade de droga diminui com o tempo. Para compensar, a pessoa consumirá uma dose maior ou com mais frequência (ou ambos). 1 Uma tolerância crescente ao efeito de uma substância e o conseqüente aumento no uso da substância podem acelerar o desenvolvimento de um vício e aumentar o risco de overdose., ao procurar uma clínica de ibogaina

A dependência física é o estado de necessidade de álcool ou outras drogas apenas para se sentir normal. 3 Sem essas substâncias no sistema, ocorrerá abstinência e, dependendo da substância, os sintomas podem variar de irritantes a fatais. 7

O vício e a dependência física costumam ser mencionados como se fossem intercambiáveis; no entanto, eles são fenômenos separados que podem existir sem o outro. 3 Alguém que usa seus analgésicos opioides conforme prescrito pode desenvolver alguma dependência fisiológica, mas pode não exibir os comportamentos compulsivos do vício. Por outro lado, algumas drogas podem ser usadas de maneira compulsiva, o que indica um vício sem depender fisicamente dela para se sentir bem.